Sempre tive uma predilecção por relógios. Não sou capaz de adormecer sem ouvir o tique-taque do meu despertador, ao pé da cama. Estou tão habituada que, quando estou fora de casa, é difícil adormecer porque me falta aquele barulhinho. Tenho uns poucos relógios de pulso, mas ando sempre com este, um digital, pouco atraente mas que tem o condão de me dizer tudo aquilo de que preciso: a hora, o dia, a data, é despertador e é cronómetro... O cara-metade não gosta de me ver com ele, embora mo tivesse oferecido, sobretudo no verão, porque anda à mostra. No inverno, nem o vê, porque anda sempre tapado. Isto deve ser de família, porque a minha Mãe também estava sempre a ver as horas. Eu gostava que, às vezes, o dia tivesse 34 horas para poder fazer tudo aquilo que tenho vontade de fazer e, como o tempo não chega, fica sempre para amanhã... Tudo isto porque encontrei esta foto do Big Ben, que tirei quando fui a Londres, há dois anos. Na verdade, só fotos do Big Ben são umas quantas! Esta até nem está muito clara, mas está de acordo com o que sinto hoje. Estou cansada e "nublada".