Recordações III

Quando eu era adolescente tinha um grande desejo: ser bailarina. De tal modo que, quando a Tia I. foi a Madrid levava uma incumbência: trazer-me uns sapatos de ballet. E trouxe. Mas eu nunca tinha aprendido. Dizem que se tem de aprender de criança e eu, nascida e criada em África, não tinha ensejo de o fazer. Mas tinha aquela mania. A primeira vez que assisti a um espectáculo de ballet foi no S. Carlos, e fui ver a "Giselle". Saí de lá nas nuvens! Mais tarde, quando fui estudar em Londres durante três semanas (para preparar a minha tese), comprei bilhetes para Covent Garden (que, na altura era a catedral do ballet), convidei a minha companheira de quarto, e lá fomos nós ver a versão integral do "Lago dos Cisnes". E muito mais tarde, já professora, em Berlim, fui ver a "Fille Mal Gardée". Estes foram os espectáculos ao vivo, que, no cinema ou na televisão, não perco um bailado. E também adoro ver a patinagem artística. Enfim, recordações de um tempo que já passou há muito, mas que voltou por momentos.

5 comentários:

fugidia 9 de junho de 2007 às 12:04  

:-)

Todas as crianças e jovens querem ser bailarinas; melhor, quase todas.
Eu não tive esse desejo...
Não sei bem porquê, penso agora.
Já patinadora fui muito e sempre quis ser.
Na verdade, é uma espécie de bailarina, mas mais rápida!

Luar 9 de junho de 2007 às 20:38  

Eu também gostava de ter sido bailarina. Sempre tive fascinio pelas saias de tule e os sapatos de balet de pontas. Quando era pequena até conseguia por-me em pontas (sem sapatos).
:-)

Otelo 11 de junho de 2007 às 23:36  

Eu tenho uma em casa que quer ser bailarina. Pelo vistos, segue os padrões habituais. Preferia-a mais radical

Sol e Lua 12 de junho de 2007 às 19:00  

caro Otelo: os sonhos passam com os anos. A minha filha mais velha, durante uns anos, queria ser astronauta e dizia que ia casar com o Jacques Delors. Queria que a miúda sonhasse ser motard? Deixe-a sonhar com bailados, porque a música é tudo na vida. Já pensou o que seria do mundo sem música? Até sem aquela que apenas ouvimos no coração?

Cara Fugidia: Ser patinadora também é ser bailarina. A música está lá sempre...

Cara Lado Lunar:
Foi pena não ter sido bailarina, mas, certamente, será qualquer coisa de que gosta. Ou nâo?

Otelo 12 de junho de 2007 às 20:20  

Eu tive um «professor» que muito mais do que aquilo que me ensinou da sua arte (e que foi muitíssimo) ensinou-me e educou-me para a música. Assim, não poderia estar mais de acordo consigo quanto à fundamental presença da música. E a música que apenas ouvimos no coração enche-nos a alma por dentro e também essa, em parte, devo a esse «professor»
Bem haja

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