VIAGEM A MYANMAR 13

12 de Novembro – Após o pequeno almoço, e antes de chegarem as pirogas, tivemos ocasião de explorar o hotel e de nos extasiarmos com as flores de lotus à volta.








Partimos nas pirogas, por entre aldeias, perseguidos por barcos com mulheres e crianças a tentar vender os seus produtos, geralmente jóias e outros artefactos




E chegámos à oficina das mulheres-girafa. A tribo Paduang tornou as suas mulheres vítimas da própria tradição: o antigo costume de enfeitar as jovens com anéis de bronze em volta do pescoço transformou-as em atracção turística. Originalmente, as mulheres eram assim arranjadas para as tornar menos atraentes para as tribos vizinhas, que assaltavam a tribo. A aplicação dos anéis causa a deformação da clavícula e das costelas superiores, afastando os ombros da cabeça. Muitas mulheres chegam a um estado em que ficam incapazes de sustentar o peso da cabeça sem o suporte dos anéis. As raparigas começam a pôr os anéis dos quinze aos 25 anos, mas, actualmente, muitas não o querem fazer, e acho muito bem. Dedicam-se à tecelagem manual, e têm artigos muito bonitos.





Seguimos depois para o mercado. Como podem ver, há sempre um grande engarrafamento de pirogas e barcos, e nem percebi como não acontecem  desastres...


Levaram-nos, em seguida, a uma oficina, onde se extraem fios dos caules de lótus, um trabalho monótono e aborrecido e, por isso, os artigos confeccionados são muito caros.

Foto F.B.
                                                                       Foto F.B.

O almoço foi servido num restaurante no meio do lago, com vários pavilhões unidos por pontes, e um deslumbramento de flores.






O passeio continuou até uma fábrica de cigarros e charutos, onde aproveitam os caules dos lótus e usam outras especiarias.



Por um canal bastante largo, chegámos ao pagode Phaung Daw Oo, o santuário religioso no sul do estado Shan. Dentro há quatro imagens do Buda muito antigas, que, devido às folhas de ouro aplicadas ao longo dos anos, se tornaram em bolas de ouro.







Ao sair da piroga, caí e magoei-me e, por isso, não entrei  no mosteiro de Nga Hpe Kyaung, famoso pelos gatos saltadores, treinados para saltarem por arcos. Segundo me disseram, não tinha grande interesse, e uma companheira de viagem saíu de lá indignada com o tratamento dado aos animais.
Voltámos para o hotel, com as cores magníficas do crepúsculo.






Alguns dos nossos companheiros vestiram-se a rigor para o jantar que, afinal, não foi acompanhado por danças Shan, como constava do programa.


(Continua)






2 comentários:

Bacouca 9 de julho de 2011 às 15:51  

Dreamer,
Continua a deslumbrar-me com a suas curtas descrições mas fundamentais e as fotografias extraordinárias. Como disse, viajo consigo e muito aprendo. Não sabia, por exemplo, porque motivo as mulheres girafa usavam aqueles aneis. Sempre pensei que fosse um conceito de elegância.
Vai continuar. Que bom!
Um beijo

Dulce Braga 17 de julho de 2011 às 17:35  

Gosto de viajar com você!
Bjs

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