VIAGEM A MYANMAR 14

13 de Novembro – A partida estava marcada para as 6.30 e, por isso, o acordar foi às cinco. Seguimos nas pirogas até ao cais, e dali de autocarro até ao aeroporto de Heho, para apanharmos o avião para Yangon. O aeroporto de Heho fez-me lembrar os aeroportos das pequenas cidades de Angola.



A viagem fez-se sem incidentes até Yangon.



Seguimos de autocarro para ver mais uma atracção: elefantes albinos O elefante do meio tem cor normal e só ali está para se perceber a diferença. Os animais estão presos por uma corrente a um poste e, quando toca a música, fazem movimentos que sugerem uma dança lenta.

O almoço foi servido no restaurante Green Elephant. O calor fazia derreter o gelo, não obstante as ventoínhas espalhadas pela sala.


Estava-se melhor no jardim.



Levaram-nos a uma ourivesaria para vermos (e comprarmos...) as pedras preciosas, sobretudo os rubis. Como é óbvio, não há fotografias...

Em seguida, a Chaw Chaw levou-nos ao bairro chinês, para andarmos um pouco a pé. Lojas, muitas lojas, a expôr nos passeios, sobretudo comida.




Esta iguaria é... não adivinham? - baratas fritas!

Deixámos as malas no Asia Plaza Hotel e fomos visitar o Sule Paya, um pagode dourado com mais de 2000 anos, rodeado de edifícios governamentais e lojas. O nome da stupa central, Kyaik Athok, significa “a stupa onde a relíquia do cabelo sagrado está guardada”. Foi tão reconstruído e reparado durante os séculos, que ninguém sabe ao certo quando é que o pagode foi construído.

O Botataung Paya, pagode que visitámos depois, foi assim chamado em homenagem aos mil chefes militares que escoltaram relíquias do Buda da Índia até Myanmar, há mais de dois mil anos. Bo significa chefe (em sentido militar) e tataung significa mil. Diz-se que este pagode albergou os oito fios de cabelo do Buda, antes de serem distribuídos por outros. O pagode foi destruído por uma bomba aliada, em Novembro de 1943. Foi reconstruído num estilo muito semelhante ao anterior mas com uma diferença: ao contrário dos outros zedis, que são sólidos, o Botataung é oco e pode-se andar lá dentro. A reconstrução também revelou um pequeno cilindro de ouro, que continha duas relíquias dorporais e um fio de cabelo, alegadamente do Buda. No lado ocidental da stupa está uma sala com uma grande imagem dourada do Buda, feita durante o reinado de Mindon Min. Na altura da anexação britãnica, foi conservada no palácio de vidro do rei Thibaw, mas depois de este ter sido exilado na Índia, os britânicos mandaram a imagem para Londres. Em 1951 foi devolvida a Myanmar e colocada neste pagode. No terreno existe ainda um pavilhão nat com as imagens de Thurathadi (divindade indiana, deusa do conhecimento e da música), Thagyamin (indra, rei dos nats) e o nat de Myanmar, Bbogyi. Também existe um lago com centenas de tartarugas.











Junto ao pagode existe um cais, para onde nos dirigimos a fim de admirar o pôr-do-sol.








O jantar foi servido no Royal Thazin, ao ar livre, para comemorar os anos da Claudine, mas havia muita humidade e muitos mosquitos.
No regresso, passámos pela casa da Aung Sun e vimos os manifestantes a cumprimentá-la pela sua libertação.


(continua)




3 comentários:

Lina Arroja (GJ) 23 de julho de 2011 às 21:24  

Com isto está quase a fazer um livro de viagens, Dreamer.:)

Dreamer 24 de julho de 2011 às 16:26  

Nem por isso, GJ. Vai acabar brevemente. :)))

Bacouca 25 de julho de 2011 às 18:16  

Dreamer,
Continua a descrição dessa magnifica viagem onde também nós viajamos e nos deliciamos com as coisas e monumentos que viu.
Nunca lá fui mas com a sua narração parece que conheço. Adoro viajar e esta é uma forma de o fazer.
Beijo

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