Trovoadas

As recordações, às vezes, surgem em catadupa, sobretudo num dia triste e de chuva como hoje. Lembrei-me de uma trovoada enorme que houve na minha terra, em Angola. O meu irmão mais novo e eu tínhamos medo da trovoada. Morávamos no alto de um morro e abarcávamos toda a vila (agora cidade). O meu Pai chamou-nos, levou-nos para a varanda, e começou a explicar a razão da trovoada. Fez-nos contar o tempo decorrido entre o relâmpago e o trovão, multiplicar por 240 e, assim, calcular a distância a que estava a trovoada. Ficámos ali, na varanda coberta e cheia de plantas, a observar os raios que caíam para lá dos morros. Nunca mais tive medo de trovoadas, nem mesmo quando já estava no colégio interno e víamos os raios a descer pelo para-raios da capela, que ficava mesmo em frente da sala de aula.
Bem gostaria eu de ter alguém ao lado para me explicar a razão das trovoadas que sinto dentro de mim...

1 comentários:

fugidia 22 de maio de 2007 às 23:34  

O que eu sinto que me falta é a capacidade de explicar o porquê das coisas. Sejam elas as trovoadas que existem dentro e/ou fora do coração, sejam elas o que forem.
Bjs.

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