Livros

Houve dois ou três livros que me influenciaram bastante na infância e na adolescência. Mas hoje quero falar apenas de um, que li com onze ou doze anos. Chama-se "Cidade dos Sinos" ("City of Bells" em inglês), de Elizabeth Goudge. É uma história muito simples, de um rapaz que regressa da 1ª Guerra Mundial, coxo de uma perna, e que vai viver com os avós numa terra pequena, onde o avô é cónego. Este avô tem em casa duas crianças, Anthony, seu neto e primo do protagonista, e uma rapariga, Henrietta, que foi buscar ao asilo. Jocelyn, o protagonista, resolve abrir uma livraria na praça da cidade, numa casa fechada há muito, desde que o antigo inquilino desapareceu sem deixar rasto. E Jocelyn acaba por descobrir que o antigo inquilino escreveu uma peça de teatro, género autobiografia, que deixou incompleta. Se agucei o apetite, devo dizer que este livro existia numa edição da Minerva e que não era tradução fiel, agora que posso compará-la com o original que uma amiga fez o favor de me comprar em Londres já há uns anitos. O mais importante deste livro (para mim) foi o ter descoberto um poeta inglês, que eu não conhecia: Percy Bysshe Shelley. E o fascínio pela sua poesia dura até hoje. Foi um poeta tão importante para mim, que acabou por ser o tema da minha tese de licenciatura. Ainda hoje sei de cor poemas seus (em inglês). E, já na faculdade, o facto de eu conhecer aquele poeta levou-me a concentrar-me nos portas românticos ingleses. Mas Shelley é fantástico! Qualquer dia reproduzo aqui a sua Ode ao Vento Oeste que é linda!
Para o que me havia de dar hoje! É assim quando os problemas são muitos e grandes. Sempre posso refugiar-me na poesia...

1 comentários:

fugidia 9 de dezembro de 2007 às 20:14  

Hum...
E a história?! Como termina? :-)

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