VIAGEM A MYANMAR 8

7 de Novembro – Bagan cobre a área de uma planície de cerca de 67 km quadrados e tem mais de quatro mil templos, com séculos de idade. É um cenário espantoso: os templos altos e majestosos, de tijolos e com pináculos dourados, misturam divindades hindus e budistas com os espíritos locais ou nats.
Exércitos de várias origens, pyu, mon e birmanesa, atravessaram esta planície central durante séculos. A área em volta de Pyay serviu de capital aos pyus, do século quinto ao nono, na nossa era. Considera-se os pyus como fundadores do “primeiro império” de Myanmar, embora pouco se saiba deste grupo já desaparecido. Bagan  floresceu entre1047 e 1287, quando foi conquistada por Kublai Khan.
Em 1975 um terramoto destruiu grande parte da cidade, mas muitos templos foram restaurados com a ajuda da Unesco.

A nossa primeira visita foi ao templo de Shweguguy, pequeno, mas elegante.



Data da transição entre o estilo escuro e pesado para o leve e arejado. A stupa marca ainda o movimento para a verticalidade.


Dentro, encontrámos baixo-relevos em estuque, um Buda em teca e placas de pedra que contam a sua história. No entanto, não está aqui escrita a descrição da morte do seu construtor: o filho de Alaungsithu trouxe para aqui o pai doente, em 1163, e estrangulou-o até à morte...
Dali, fomos visitar o mercado de Bagan: dois edifícios e um recinto ao ar livre.
Depois, levaram-nos ao pagode de Shewzigon, cuja cúpula está coberta de placas de ouro.


A estátua do Buda é toda em ouro e tem uma posição de mãos diferente das que já vimos.

A Chaw Chaw fez-nos uma explicação do significado das posições das mãos: a mão direita significa “dou-vos a paz”, e a esquerda, virada para baixo, significa “dou-vos tudo o que tenho”.


No recinto deste pagode encocontra-se um pequeno edifício no interior do qual se encontram as figuras dos 37 nats pre-budistas, oficialmente aceites pela monarquia Bamar, numa demonstração de compromisso para com o povo, que relutava trocar todas as crenças pelo budismo. 
Depois, fomos visitar o pagode de Gubyaukgyi (Grande Templo da Caverna Pintada), com pinturas murais.


O almoço foi servido no restaurante Nanda, com espectáculo de marionetas, muito semelhante ao que víramos antes.
De tarde, visitámos o Ananda Pahto, com uma stupa de cerca de 50 metros de altura e toda dourada
Pensa-se que foi construído entre 1090 e 1150 pelo rei Kyanzittha. A praça central é quadrada e, nos quatro lados há enormes portas de teca esculpidas, que separam os átrios interiores das passagens. No centro há quatro estátuas enormes do Buda, viradas para cada um dos lados.  Só as estátuas do norte e do sul são originais, as outras arderam e tiveram de ser substituídas. 


O Buda do oeste tem as mãos estendidas no gesto de “não tenham medo”


Fomos observar o por-do-sol do cimo de um pagode



Durante o jantar comecei a sentir-me mal-disposta e passei a noite a vomitar. (continua)


                            

2 comentários:

Luar 10 de maio de 2011 às 09:52  

A má disposição no final é que foi uma pena ;-)
Espero continuação :D

Luísa A. 17 de maio de 2011 às 14:51  

Mau, Dreamer! Indisposições em viagem e do outro lado do planeta devem ser o pior que há. :-S
P.S.: Interessante o detalhe sobre os significados das mãos.

Visitas

Outros Sonhadores

Pesquisar