VIAGEM A MYANMAR 7

6 de Novembro – Começámos o dia a visitar mais um pagode, o Thanboddhay Paya. Tem telhados e stupas rosa, laranja, amarelo e azul e dizem que tem mais de 800 mil Budas. São tantos, em nichos, arcadas e salas, que temos a impressão de estar numa casa de espelhos.


A entrada é guardada por tigres, numa posição engraçada: enquanto uns já se encontram por cima do arco, dois estão ainda a trepar, numa atitude bastante realista.

                                                                        Visto da entrada

                                                                          Visto de dentro

(Em aparte, devo dizer que estes foram os únicos tigres que vi. Não havia nenhuns a rondar as “tendas”, como pensava uma das minhas filhas...)


A visita foi dividida em duas partes: metade do grupo andou à volta do pagode, e a outra metade entrou. Depois trocámos.  Lá dentro, além dos Budas miniaturais, existem dois Budas gigantes.









Impressiona ver tanto ouro, tanta prata, e tantas pedras preciosas nos pagodes, e não encontrar essas manifestações de riqueza nas cidades e nas pessoas. E ainda os grandes cofres transparentes, cheios de notas e moedas, sinal de que as pessoas chegam a tirar à boca para contribuir para este esplendor, que não aproveita a ninguém.

Seguimos, então, viagem para Pakokku. Foi aqui que os monges do mosteiro Myo Ma Ahle começaram os protestos nacionais contra a subida do preço do petróleo em 2007.
A cidade é famosa pelo tabaco e pela thanakha, troncos que são esmagados até formar uma pasta, que se usa na cara e nos braços para evitar as queimaduras do sol.

Despedimo-nos do motorista e seus ajudantes, pois iríamos seguir de barco  pelo rio Ayeyarwady. Foi uma viagem de quase três horas, em três barcos, sob um sol inclemente e quentíssimo, embora houvesse uma pequena cobertura na parte de trás. A Chaw Chaw aninhou-se e dormiu quase toda a viagem.
Nós, os turistas, ficámos a observar a paisagem, muito variada: barcos de transporte de mercadorias, barcos de passageiros, pequenos portos, pagodes escondidos entre as árvores, tufos de bambús e outras árvores, pequenas praias, e, a partir das quatro e meia, o sol avermelhado a reflectir-se na água, deixando-me saudosa do por-do-sol africano, e maravilhada, a tirar fotos a seguir umas às outras...

Chegámos a Bagan já ao lusco-fusco e fomos apresentados a novo motorista e ajudante, e novo autocarro, que nos transportou ao hotel Thazin Garden, um oasis de palmeiras e flores e passadeiras no meio de árvores. Os bungalows são de tijolo vermelho em estilo de pagode, com mobília de teca escura, e sombrinhas penduradas no tecto. O jantar foi servido num relvado, à luz de velas, e, desta vez, cantámos os parabéns ao Arnaud.(continua)

3 comentários:

Luísa A. 21 de abril de 2011 às 18:06  

Impressionam muito essas magnificências (e os consequentes contrastes), Dreamer. Sobretudo pensando que o culto é aí prestado a quem pregou o despojamento. :-)

Dreamer 22 de abril de 2011 às 12:11  

É verdade, Luisa! As imagens do Buda, que vimos, são sempre sumptuosas. Realmente, o contraste entre "aquilo que digo" e "aquilo que faço" é gritante em Myanmar.

Anónimo 27 de abril de 2011 às 17:32  

Adorei os tigres =)
Estás uma fotógrafa excelente!
=)
Aguardo ansiosa a continuação!

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