VIAGEM A MYANMAR 9

8 de Novembro – Passei o dia a beber chá, e a comer arroz e banana, para além dos comprimidos que levei.
Começámos o dia a visitar o templo pentagonal de Dhammayanggyi, que se vê de todos os lados de Bagan, e que é considerado um “templo de má sorte”. Alguns acreditam que o rei Narathu, muito cruel, mandou que nem um alfinete podia passar entre dois tijolos, pelo que toda a construção deveria estar completamente fechada, numa altura em que não havia cimento. Depois do seu assassinato, em 1170, encheram tudo à volta com pó de tijolo.... A entrada oeste é considerada mesmo má: as pedras têm sulcos do tamanho de um braço. Aparentemente, se os operários não conseguissem juntar os tijolos, cortavam-lhes um braço ali. Outros acham que não aconteceu nada disso. Eu limito-me a contar a história...
Seguimos para a aldeia de Myinkaba, onde visitámos duas oficinas de laca. Numa aplicam 7 camadas de laca e na outra catorze, mas gostei mais dos trabalhos da primeira. A primeira estrutura é sempre em bambú.







Almoço no restaurante Eye Yeik Thar Jar, e passámos por um lugar onde fabricam artesanalmente uns bolinhos com água de côco.






E chegámos ao Monte Popa, um pico solitário com cerca de 730 metros de altura, diferente das montanhas mais altas e florestadas. Parece uma torre. Pensa-se que teve origem num vulcão há 250 mil anos. Dizem que é como o sol ou a lua, ninguém adivinha que idade tem...

Aos pés do monte há um santuário guardado por tigres, onde se podem ver imagens dos nats, algumas diviindades hindús e alguns nigromantes, e alguns dos outros nats não reconhecidos oficialmente, entre os quais a Giganta Come-Flores e os dois filhos (à esquerda e à direita) Min Gyi e Min Lay.


No cimo do monte há um complexo de mosteiros, stupas e santuários. Sobe-se por uma escadaria coberta (cerca de 800 degraus), com atenção aos macacos, que povoam este monte, e são agressivos, sendo preciso levar um pequeno pau para os afastar, e aos pés descalços, para não pisar os seus dejectos e a urina, que se encontram por todo o lado. Subi, mais a F., todos os degraus, mas não gostei do que vi lá em cima. Para um santuário tão famoso, temos a sensação de desleixo e abandono. A paisagem, no entanto, é espectacular!






O pagode Tauna Calat, lá no alto


Quando chegámos ao autocarro, fomos recebidas com uma salva de palmas. Gente mais nova do que eu não se atreveu a subir...

Seguimos para o Mount Popa Resort, um verdadeiro paraíso com bungalós, e ficámos a admirar o pôr-do-sol, até ao jantar, que foi servido na varanda, de onde podíamos ver o monte.
~




A piscina do resort

Os bungalós

(continua)


2 comentários:

Luísa A. 17 de maio de 2011 às 14:59  

Também me trato dessas indisposições com arroz e banana. ;-D
E muitos parabéns pela subida dos 800 degraus! A mim, as escadinhas da Calçada do Duque (que não devem chegar aos 50) já me arrancam os bofes pela boca.

Lina Arroja (GJ) 23 de maio de 2011 às 18:45  

Pena ter ficado indisposta embora faça parte das viagens ficarmos assim.:)

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