As arrumações são mais difíceis do que parecem


Remodelei a casa. Já dei ou deitei fora muita coisa. Neste momento, estou a arrumar o meu escritório-estúdio-lugar-para-bordar, etc. Disse a mim própria que muita da parafernália deve ser bem escolhida. Fiz quatro montes diferentes: PARA RECICLAR, PARA O LIXO, PARA DAR e PARA GUARDAR.
Apareceu um boneco Snoopy bastante grandinho. Está já um bocado (bocado, é favor) maltratado, e começa a romper-se. Deveria ir para o lixo, mas as minhas filhas gostavam tanto dele, que não tenho coragem de me desfazer dele. Vai para a pilha de guardar. E, talvez um dia resolvam levá-lo para a sua casa minimalista. Entretanto, ficará bem embrulhado, dentro de uma caixa, com os outros peluches, na garagem.
Apareceram-me montes de fotografias (montes, sim! São anos e anos de fotos, do tempo em que ainda não havia máquinas digitais). Muitas estão metidas naqueles álbuns que os fotógrafos ofereciam. Mas outras estão soltas, em envelopes já velhos, em caixas, ao Deus-dará. Perco imenso tempo a olhar para elas, a reviver momentos, ou a interrogar-me sobre o lugar em que foram tiradas. A partir de certa altura, comecei a escrever atrás a data, o lugar e o nome das pessoas representadas. Mas, daí para trás, tenho uma vaga ideia ou não tenho ideia nenhuma. Meto tudo numa caixa de cartão, para arrumar mais tarde, metê-las em álbuns decentes, sei lá. Mas onde vou pôr a caixa de cartão?
Forrei três caixas de cartão com um papel bonito e alegre para meter as minhas revistas de pintura, de ponto de cruz e de bricolage (os meus passatempos preferidos). Mas já estão cheias, a transbordar e nem sei que fazer. Tenho de começar a tirar as mais antigas e oferecê-las a várias pessoas que conheço e que lhes darão destino.
O saco PARA O LIXO já está mais que cheio. As contas antigas, desde 19-e-troca-o-passo, têm de ser rasgadas com cuidado para não se ver o nosso nome. E isso faz-me perder imenso tempo! Tenho de ver as contas uma a uma, verificar se têm o nome e a morada e rasgá-las bocadinho a bocadinho. Há dias que ando nisto… Fora as cadernetas da Caixa, que existem desde 1976. Fui lá ontem perguntar o que lhes faço. Disseram-me que as corte aos pedacinhos, com uma tesoura afiada...
PARA RECICLAR é o saco mais fácil. Tudo o que são papéis de propaganda, cartões, caixas, etc., tudo isso vai para o saco. Depois é só descer no elevador e pôr no papelão, que a câmara ofereceu ao prédio. A câmara do meu concelho distribuiu pelos prédios caixotes para o lixo comum, o vidrão, o papelão e o plástico. Também forneceu aos utentes um caixote de lixo com duas divisórias, para se separar os restos de comida do lixo vulgar. No pátio também há um caixote para o lixo vulgar e outro para os restos de comida. Atrás da igreja há um oleão, e também há vários pilhões. Tudo muito ecológico, tudo com dias certos para se recolher o conteúdo de cada um deles.
PARA DAR ainda está vazio. Não consigo separar-me das revistas… Talvez um dia mais tarde.
PARA GUARDAR enche quase todo o espaço! Vou separar o que pode ir para a garagem e o que vai ficar cá em cima.
E vou fazer as coisas com calma, que Roma e Pavia não se fizeram num dia. Se não ficar pronto hoje, fica amanhã, ou depois… ou depois... Logo se vê!

3 comentários:

fugidia 14 de março de 2010 às 09:36  

Houston, we have a problem...
A caixa para dar está vazia e já não há espaço para a de guardar?
Oh céus!

(é tirar fotos dos peluches, para recordar e... lixo! As COISAS são só coisas minha Senhora...)
:-)

Dreamer 14 de março de 2010 às 21:54  

Olá, Fugidia!
Os peluches ficam na garage, arrumados numa caixa, e mesmo coisas para guardar também irão para lá. Não calcula o monte de papéis que tenho rasgado! E, apesar disso, ainda tenho caixas cheias...
Volte sempre.
:-)))

Lina Arroja (GJ) 21 de março de 2010 às 11:36  

Gosto de ver que iniciou as arrumações, limpezas da Pásoa são sempre bons indicadores .;)
A sessão de fotografias deve ter tido umas lágrimas e uns sorrisos à mistura, o que também é bom sinal. A secção das caixas com revistas para guardar, eu comprrendo na perfeição. Mas dreamer um dia têm de ir para o lixo...
Os peluches guarde para o netos porque dão jeito quando ficamos com eles e acham graça a um brinquedo que foi dos pais.
Quanto à coisas intímas guarde-as onde sempre estiveram - no seu coração mesmo que embrulhads em papelão.
Um abraço e continuação de boas arrumações/limpezas.:-)

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