Quatro seniores em Londres III

Depois do pequeno almoço, fomos apanhar um autocarro na direcção de Westminster e decidimos visitar a Abadia, pois havia um preço especial para seniores. Assim um pouco à vol d'oiseau lá vimos a cadeira da coroação (Sabiam que a pedra de Scone foi devolvida à Escócia, com a promessa de ser emprestada para a próxima coroação?), a capela de Henrique VII (é uma maravilha!), o túmulo de Isabel I, o Canto dos Poetas, onde os seniores homens aproveitaram para descansar um pouco, passámos pelos claustros, vimos o túmulo do Soldado Desconhecido e o túmulo de Winston Churchill, e saímos, tendo de passar, obrigatoriamente, pela loja. Como ainda era cedo, entrámos num autocarro que ia a caminho da catedral de S. Paulo. Não visitámos porque o outro casal não mostrou interesse, e acabámos numa loja italiana que vendia as pastas em copos pequenos, médios e grandes. Comprei pollo al pesto e estava muito bom. Dali apanhámos outro autocarro e fomos até à Gare de Liverpool, passando pelo Banco de Inglaterra. Apanhámos outro autocarro, que nos levou à estação de Vitória, dali fomos num outro até Marble Arch, e aqui apanhámos outro para Oxford Street, onde descemos no Selfridges. Aproveitei para ir à secção da tecnologia e procurar uma coisa que estava prometida. Não havia, mas o empregado, que me atendeu, recomendou-me que fosse à HMV no quarteirão seguinte. Lá fomos, entrámos e fui atendida por um empregado português. Havia o que eu queria e ainda bem. Seguimos devagarinho pelo passeio até à paragem do autocarro sete, que vai direito á Russell Square. Eram cinco horas, e os seniores foram ao hotel para se refrescarem, mas decidiram que devíamos aproveitar o passe e sair novamente. E saímos, apanhando o sete até ao terminus. Mas esquecemo-nos de que era a hora de ponta e estivemos parados numa fila de autocarros durante mais de meia hora. Ainda assim, foi bom ver a cidade de noite, o movimento e o bulício. À medida que nos aproximávamos do término, as ruas estavam cada vez mais desertas e confesso que tive um pouco de receio. Para complicar, o autocarro em que estávamos não voltava à Russell Square. Tivemos de descer, atravessar a rua e esperar o seguinte, que ia mesmo para o nosso destino. Chegámos por volta das nove horas. Estava muito frio. A outra senhora, mesmo à porta do hotel, não viu um pequeno desnível e estatelou-se ao comprido. Pensámos que tinha partido um pé, mas conseguimos ajudá-la a levantar-se e entrámos na recepção. Imediatamente apareceu um empregado filipino, que disse ter o segundo ano de fisioterapia e começou a massajar o tornozelo, de tal maneira que, minutos depois, a amiga se pôs em pé e foi até ao quarto, embora amparada. Depois de tirar as meias, o filipino voltou a massajar o tornozelo, aplicou uma pomada e uma ligadura. A nossa amiga ficou melhor e passou bem a noite. Jantei às dez e fui para a cama estafada!

4 comentários:

fugidia 26 de setembro de 2007 às 21:45  

:-)
Que aventura!

Otelo 26 de setembro de 2007 às 22:12  

O estatelanço não estaria no programa, pois não?
Bem, como a viagem já acabou não correm o risco de terem de ser evacuadas de avião particular e pagar € 40 000,00 como sucedeu com uma pessoa minha conhecida.
Creio que, embora achando que ainda não sou sénior, não tenho pedalada para uma visita assim em versão tão «fast». Presumo que uns eram mais séniores do que outros .

fugidia 27 de setembro de 2007 às 18:21  

Otelo...
:-))))

Sol e Lua 27 de setembro de 2007 às 19:09  

Com certeza, Otelo, o senior mais novo sou eu e o mais velho o meu marido. O casal amigo fica no meio.

Realmente, fugidia, foi uma aventura. Só pasmo porque me meto nestas coisas...

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