Quando eu era adolescente tinha um grande desejo: ser bailarina. De tal modo que, quando a Tia I. foi a Madrid levava uma incumbência: trazer-me uns sapatos de ballet. E trouxe. Mas eu nunca tinha aprendido. Dizem que se tem de aprender de criança e eu, nascida e criada em África, não tinha ensejo de o fazer. Mas tinha aquela mania. A primeira vez que assisti a um espectáculo de ballet foi no S. Carlos, e fui ver a "Giselle". Saí de lá nas nuvens! Mais tarde, quando fui estudar em Londres durante três semanas (para preparar a minha tese), comprei bilhetes para Covent Garden (que, na altura era a catedral do ballet), convidei a minha companheira de quarto, e lá fomos nós ver a versão integral do "Lago dos Cisnes". E muito mais tarde, já professora, em Berlim, fui ver a "Fille Mal Gardée". Estes foram os espectáculos ao vivo, que, no cinema ou na televisão, não perco um bailado. E também adoro ver a patinagem artística. Enfim, recordações de um tempo que já passou há muito, mas que voltou por momentos.
Paciência, tolerância, confiança
Há 9 anos
5 comentários:
:-)
Todas as crianças e jovens querem ser bailarinas; melhor, quase todas.
Eu não tive esse desejo...
Não sei bem porquê, penso agora.
Já patinadora fui muito e sempre quis ser.
Na verdade, é uma espécie de bailarina, mas mais rápida!
Eu também gostava de ter sido bailarina. Sempre tive fascinio pelas saias de tule e os sapatos de balet de pontas. Quando era pequena até conseguia por-me em pontas (sem sapatos).
:-)
Eu tenho uma em casa que quer ser bailarina. Pelo vistos, segue os padrões habituais. Preferia-a mais radical
caro Otelo: os sonhos passam com os anos. A minha filha mais velha, durante uns anos, queria ser astronauta e dizia que ia casar com o Jacques Delors. Queria que a miúda sonhasse ser motard? Deixe-a sonhar com bailados, porque a música é tudo na vida. Já pensou o que seria do mundo sem música? Até sem aquela que apenas ouvimos no coração?
Cara Fugidia: Ser patinadora também é ser bailarina. A música está lá sempre...
Cara Lado Lunar:
Foi pena não ter sido bailarina, mas, certamente, será qualquer coisa de que gosta. Ou nâo?
Eu tive um «professor» que muito mais do que aquilo que me ensinou da sua arte (e que foi muitíssimo) ensinou-me e educou-me para a música. Assim, não poderia estar mais de acordo consigo quanto à fundamental presença da música. E a música que apenas ouvimos no coração enche-nos a alma por dentro e também essa, em parte, devo a esse «professor»
Bem haja
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