MAÇÃS BRAVO D'ESMOLFE

Quando eu era pequena não gostava de maçãs. Não sei a razão, mas torcia sempre o nariz quando a minha Mãe me obrigava a comer alguma. E assim fui crescendo até aos dezoito anos. Estava a estudar em Lisboa, em casa da tia I. e passava as férias grandes em casa dos meus avós paternos, em Viseu. E continuava a não gostar de maçãs.
Um dia, a tia I. foi buscar-nos a Viseu (a mim e ao meu irmão mais novo), e comprou maçãs Bravo d'Esmolfe. No combóio, o perfume das maçãs espalhou-se no compartimento. Ao chegarmos a casa, ajudei a arrumar as maçãs e a cozinha ficou inundada com aquele aroma. No dia seguinte, não resisti e decidi provar uma maçã. Era relativamente pequena, de cor esbranquiçada, com um leve tom avermelhado. Dei uma dentada, e fiquei rendida à polpa macia, doce, agradável.
Nunca mais deixei de comer maçãs, primeiro só as de Esmolfe, depois as outras variedades, em que prefiro as Royal Gala.
Estava hoje a comer a minha maçã Bravo d'Esmolfe, quando me veio uma saudade enorme daqueles tempos em Viseu, em que vestia umas calças "à pirata" para andar à vontade na quinta e a minha Avó não me deixava sequer chegar ao portão, porque estava de calças...
Também me lembrei do espanto da minha Mãe, quando veio de licença graciosa com o meu Pai, ao ver-me comer maçãs com tanto entusiasmo.
O que faz um aroma!

Tenho andado demasiado ocupada...

Desde 15 de Setembro que tenho estado muito ocupada. Para além de ajudar a neta mais velha nos estudos (está no nono ano e tem exames), continuo com a hidroginástica. Como passei o verão cheia de dores nas costas, fui consultar o meu ortopedista, que me mandou fazer fisioterapia. E comecei as sessões de ginástica postural, calor húmido, placas eléctricas, massagem nas costas e ultra-sons no joelho esquerdo. As sessões de ginástica foram correndo bem até dia 4. Ao alongar a perna direita (o terapeuta prende a perna esquerda e levanta a direita para alongar o glúteo, e vice-versa), as minhas costelas deram um estalo. Parou logo o exercício, mas a dor passou. Fui fazer o calor, onde fico deitada de barriga para baixo e me colocam placas quentes nas costas todas, e senti-me muito mal, pois não aguentava a posição. A massagem foi feita sentada num banco. Mas, quando me fui embora, nada me doía. No feriado estive com dores intermitentes e não saí de casa. Mudei de nutricionista, e desta vez estou contente com a alimentação. O caso é que já perdi mais de um kilo numa semana, e posso comer quase tudo. Também faço massagens nesta nutricionista, e, na quinta-feira, na massagem, a massagista não me podia tocar nas costelas do lado direito. Ontem não fiz a ginástica, só tratei das costas. Não me parece que tenha partido mais uma costela (já parti quatro...) mas, sim, que tenha dado um jeito qualquer, ou que seja dor muscular. Mas não era das costelas que queria falar!
Tenho as manhãs e as tardes cheias, para além de ter acabado de bordar a terceira almofada para a minha sala. Depois de prontas, mostro as fotos.
E continuo a fazer a catalogação dos livros. As bases de dados estão feitas, mas os lugares mudaram com a remodelação da casa e é preciso alterar os dados. O Zé e eu tínhamos cerca de seis mil livros. Os meus livros de ensino seguiram para Angola, para serem dados a quem precisa. Mesmo assim, como sou uma leitora inveterada, continuo a comprar livros...
E no dia 17 começa a universidade da terceira idade, e estou matriculada em Psicologia II. Fiz a Psicologia I no ano passado.
Aqui têm o motivo do meu silêncio. Prometo que vou ser mais assídua!

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