NO WOMAN, NO CRY

Setembro de 2008. Londres, Camden. Junto às comportas, um "rasta" acompanha-se à viola e canta a música de Bob Marley. Tem uma voz vibrante e bonita. Não está a pedir, apenas a cantar. E umas poucas pessoas param para o ouvir. A viola é velha, está segura com fita gomada, mas ninguém olha para isso. Ele canta porque lhe dá prazer. Também paro, com a minha amiga S. E ele vê-me. Convida a "little lady with the yellow coat" para cantar com ele. É claro que não sei a letra, apenas "no woman, no cry", mas junto-me a ele. E, no fim, sempre abraçado a mim, pede à S. que nos tire uma fotografia, e dá-me um beijo na testa. Sinto-me feliz. É a primeira vez que sorrio abertamente, depois da morte do Zé, em Março. Não sei o nome, mas muitas vezes me lembro dele e rezo por ele, para que continue a enlevar os seus ouvintes com o dom de uma voz fantástica, mesmo em dias de chuva miudinha.

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