VIAGEM A MYANMAR 10

9 de Novembro – Levantámo-nos cedo para podermos apreciar melhor o resort onde ficámos instalados.















Partimos às oito horas, por uma estrada assombrosa pelo mau estado, mas com paisagens lindas. Parámos numa plantação de  um fruto exótico, muito bonito, a que chamam fruto do dragão.







Mais à frente, o autocarro teve uma avaria e nós aproveitámos para estender as pernas e tirar fotografias.










De novo a caminho, parámos junto de uma grande extensão de piri-piri a secar ao sol.




O almoço teve lugar em Meiktila, no Hall Food Center, mas foi muito fraquinho.
Meiktila significa “relatório de más notícias”. Segundo a lenda, o rei Anawrahta, fundador de Bagan, mandou alargar aqui um pequeno lago até se tornar no lago actual, a oeste da cidade. Quando pediu a alguém que visse se o lago chegava ao Monte Popa, veio a notícia: ” Senhor, não chega tão longe”. Meiktila é a abreviatura de relatório de más notícias.
Em Março de 1945 os britânicos surpreenderam os japoneses acantonados  neste lugar e mataram 20 mil soldados japoneses em poucos meses, pouco antes de a guerra terminar. A cidade foi arrasada. Mas o seu triste fado continuou: em 1974 e 1991 foi devastada por incêndios, e vários edifícios foram destruídos pelas chamas em 2003. Os habitantes brincam com esta tragédia, dizendo que é melhor arranjar um seguro contra incêndios se uma pessoa se quiser fixar na cidade.

Podem ver as instalações para uma “paragem técnica” na estrada que seguimos.




Enquanto estivemos parados, aproveitei para fotografar a paisagem envolvente, e também a maneira como se viaja.








Nova paragem. Na foto podem observar o trabalho feito em bambú.



Chegámos a Kalaw ao fim da tarde. A cidade foi fundada por funcionários ingleses para fugir ao calor das planícies. O ar é fresco, a atmosfera calma, as ruas cheias de sombras. A cidade estende-se pela crista do planalto Shan, a cerca de 43 milhas de Thazi. O principal ponto de interesse é a universidade militar num extremo da cidade.

Hotel em Kalaw

(continua)









VIAGEM A MYANMAR 9

8 de Novembro – Passei o dia a beber chá, e a comer arroz e banana, para além dos comprimidos que levei.
Começámos o dia a visitar o templo pentagonal de Dhammayanggyi, que se vê de todos os lados de Bagan, e que é considerado um “templo de má sorte”. Alguns acreditam que o rei Narathu, muito cruel, mandou que nem um alfinete podia passar entre dois tijolos, pelo que toda a construção deveria estar completamente fechada, numa altura em que não havia cimento. Depois do seu assassinato, em 1170, encheram tudo à volta com pó de tijolo.... A entrada oeste é considerada mesmo má: as pedras têm sulcos do tamanho de um braço. Aparentemente, se os operários não conseguissem juntar os tijolos, cortavam-lhes um braço ali. Outros acham que não aconteceu nada disso. Eu limito-me a contar a história...
Seguimos para a aldeia de Myinkaba, onde visitámos duas oficinas de laca. Numa aplicam 7 camadas de laca e na outra catorze, mas gostei mais dos trabalhos da primeira. A primeira estrutura é sempre em bambú.







Almoço no restaurante Eye Yeik Thar Jar, e passámos por um lugar onde fabricam artesanalmente uns bolinhos com água de côco.






E chegámos ao Monte Popa, um pico solitário com cerca de 730 metros de altura, diferente das montanhas mais altas e florestadas. Parece uma torre. Pensa-se que teve origem num vulcão há 250 mil anos. Dizem que é como o sol ou a lua, ninguém adivinha que idade tem...

Aos pés do monte há um santuário guardado por tigres, onde se podem ver imagens dos nats, algumas diviindades hindús e alguns nigromantes, e alguns dos outros nats não reconhecidos oficialmente, entre os quais a Giganta Come-Flores e os dois filhos (à esquerda e à direita) Min Gyi e Min Lay.


No cimo do monte há um complexo de mosteiros, stupas e santuários. Sobe-se por uma escadaria coberta (cerca de 800 degraus), com atenção aos macacos, que povoam este monte, e são agressivos, sendo preciso levar um pequeno pau para os afastar, e aos pés descalços, para não pisar os seus dejectos e a urina, que se encontram por todo o lado. Subi, mais a F., todos os degraus, mas não gostei do que vi lá em cima. Para um santuário tão famoso, temos a sensação de desleixo e abandono. A paisagem, no entanto, é espectacular!






O pagode Tauna Calat, lá no alto


Quando chegámos ao autocarro, fomos recebidas com uma salva de palmas. Gente mais nova do que eu não se atreveu a subir...

Seguimos para o Mount Popa Resort, um verdadeiro paraíso com bungalós, e ficámos a admirar o pôr-do-sol, até ao jantar, que foi servido na varanda, de onde podíamos ver o monte.
~




A piscina do resort

Os bungalós

(continua)


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