Idas ao cabeleireiro
Etiquetas: pessoal
Há dois anos
Há dois anos, no dia 15 de Março de 2008, fui acordada às oito da manhã por um telefonema. Nunca gostei de ouvir o telefone logo de manhã ou ao fim da noite. Sei que vai acontecer qualquer coisa desagradável. E era: pediam-me que fosse ao hospital falar com a enfermeira X, e que não fosse sozinha. Percebi logo. O Zé, internado há quinze dias, tinha morrido, precisamente às 00.05h. Mas responderam que não podiam dar essa informação pelo telefone... Tinha de lá ir. Há certas burocracias que não entendo!
O Zé partiu e deixou-me só. Tenho duas filhas e um genro admiráveis, que me dão todo o apoio e me enchem de mimos, procurando saber, todos os dias, como estou. Mas o Zé faz-me muita falta. Releio os poemas que escreveu para mim, ao longo de 40 anos, embora nos últimos anos já os não escrevesse devido à sua doença. Revejo as fotos que tirámos juntos, dos nossos passeios semanais, e das nossas viagens ao estrangeiro. E relembro a sua fina ironia, quando fazia comentários ao nome das terras por onde passávamos, as suas brincadeiras, e o imenso amor e carinho que me dedicava...
Ficou isto tudo, e tudo isto é imenso. Mas o Zé não está comigo...
Etiquetas: Família
As arrumações são mais difíceis do que parecem
Remodelei a casa. Já dei ou deitei fora muita coisa. Neste momento, estou a arrumar o meu escritório-estúdio-lugar-para-bordar, etc. Disse a mim própria que muita da parafernália deve ser bem escolhida. Fiz quatro montes diferentes: PARA RECICLAR, PARA O LIXO, PARA DAR e PARA GUARDAR.
Apareceu um boneco Snoopy bastante grandinho. Está já um bocado (bocado, é favor) maltratado, e começa a romper-se. Deveria ir para o lixo, mas as minhas filhas gostavam tanto dele, que não tenho coragem de me desfazer dele. Vai para a pilha de guardar. E, talvez um dia resolvam levá-lo para a sua casa minimalista. Entretanto, ficará bem embrulhado, dentro de uma caixa, com os outros peluches, na garagem.
Apareceram-me montes de fotografias (montes, sim! São anos e anos de fotos, do tempo em que ainda não havia máquinas digitais). Muitas estão metidas naqueles álbuns que os fotógrafos ofereciam. Mas outras estão soltas, em envelopes já velhos, em caixas, ao Deus-dará. Perco imenso tempo a olhar para elas, a reviver momentos, ou a interrogar-me sobre o lugar em que foram tiradas. A partir de certa altura, comecei a escrever atrás a data, o lugar e o nome das pessoas representadas. Mas, daí para trás, tenho uma vaga ideia ou não tenho ideia nenhuma. Meto tudo numa caixa de cartão, para arrumar mais tarde, metê-las em álbuns decentes, sei lá. Mas onde vou pôr a caixa de cartão?
Forrei três caixas de cartão com um papel bonito e alegre para meter as minhas revistas de pintura, de ponto de cruz e de bricolage (os meus passatempos preferidos). Mas já estão cheias, a transbordar e nem sei que fazer. Tenho de começar a tirar as mais antigas e oferecê-las a várias pessoas que conheço e que lhes darão destino.
O saco PARA O LIXO já está mais que cheio. As contas antigas, desde 19-e-troca-o-passo, têm de ser rasgadas com cuidado para não se ver o nosso nome. E isso faz-me perder imenso tempo! Tenho de ver as contas uma a uma, verificar se têm o nome e a morada e rasgá-las bocadinho a bocadinho. Há dias que ando nisto… Fora as cadernetas da Caixa, que existem desde 1976. Fui lá ontem perguntar o que lhes faço. Disseram-me que as corte aos pedacinhos, com uma tesoura afiada...
PARA DAR ainda está vazio. Não consigo separar-me das revistas… Talvez um dia mais tarde.
PARA GUARDAR enche quase todo o espaço! Vou separar o que pode ir para a garagem e o que vai ficar cá em cima.
E vou fazer as coisas com calma, que Roma e Pavia não se fizeram num dia. Se não ficar pronto hoje, fica amanhã, ou depois… ou depois... Logo se vê!
Etiquetas: pessoal
Esquilos
Etiquetas: pessoal
Hoje
Etiquetas: pessoal
Como dizia Shakespeare...
Etiquetas: Reflexão