Quando Acaba o Amor?

Quando acaba o Amor? Será que existe Amor quando dizemos que estamos apaixonados e que Fulano/a é o/a homem/mulher da nossa vida? Não será, antes, uma atracção física e que, quando se esgota, deixamos de ter amor? Quem tem razão: os casais que enfrentam as dificuldades juntos, e que olham na mesma direcção, ou os casais que estão "tão apaixonados" e que, à primeira dificuldade, acham que mais vale ir cada um para seu lado? E pensarão eles nos filhos, quando existem, e que serão os mais prejudicados? Pensarão eles que os filhos, quando existem, ficarão divididos nos seus afectos? E a restante família que foi e já não é? E não poderão pensar civilizadamente, em vez de se ferirem à mais pequena contrariedade? E qual é a vantagem de se magoarem e dizerem coisas que, depois de ditas, já não se podem retirar? E haverá necessidade disso? Um casamento não é um mar de rosas. Tem dias bons e dias maus, como tudo na vida. Dizia Michel Quoist: "Amar não é olhar um para o outro, é olharem os dois na mesma direcção". E o que é feito das juras de amor, do "Amar-te-ei até ao fim da vida", do "sem ti não sei o que faria", do "para o melhor e para o pior, até que a morte nos separe"? Já nada tem valor nesta vida? Só vale o "eu e só eu", e que "tudo o mais vá pr'o inferno"?
Perguntar-me-ão a que propósito vem tudo isto. Vem a propósito de ver uma criança a chorar e a perguntar se a culpa é dela porque os pais não se entendem. Vem a propósito de saber que um rapazinho tentou suicidar-se porque os pais se estavam a separar. Vem a propósito de achar que as crianças não têm culpa, nunca têm a culpa, e sentem o mundo desabar sobre as suas costas. Vem a propósito de achar que os inocentes é que sofrem mais, nem Deus sabe porquê.

O meu pequeno "Extreme MakeOver" no WC mais pequenino :-)

O meu Wc mais pequeno já andava a pedir reforma há muito tempo.
A minha filha mais nova deitou mãos à obra e o resultado é o que se vê :-)

Antes

Depois


Antes

Depois

Antes (este não dava jeito nenhum! Não comprem!)

Depois (espectacular!)
Antes (cortina do poliban)
Depois (cortina)
E assim foi o meu "Extreme MakeOver" versão caseira. Agora o próximo passo, para ficar mesmo mesmo fantástico, é mandar fazer um móvel para debaixo do lavatório.

(E depois quem sabe, passar para outras divisões :-))

Livros

Aprendi a ler com quatro anos e tudo por causa do vinho Gatão. A garrafa era de cerâmica e retratava um gato de botas e chapéu à mosqueteiro, que tinha uma garrafa na mão (na pata). esta garrafa tinha um gato com uma garrafa na mão, que tinha um gato com uma garrafa na mão. Adorava aquela garrafa. Um dia, deram-me papel de seda e um lápis e eu tratei de copiar o rótulo da garrafa. Aconteceu que, naquela tarde, acompanhei a minha Mãe numa visita a casa do intendente. Ele tinha quatro filhas e a terceira gostava de ensinar e tinha alguns alunos particulares. Na minha terra, fora a escola primária, não havia mais nada e a Maria Alice era a professora. Mostrei o papel, toda ufana e disse: -"Vês, já sei escrever!" A Maria Alice achou graça e pediu à minha Mãe que me deixasse ir lá para casa para aprender. E passei a ir, todas as tardes e aprendi a ler e a fazer contas de somar e subtrair. Por esse motivo, quando entrei para a primeira classe (agora primeiro ano do ensino básico), aborreci-me imenso até aprender a fazer contas de multiplicar e dividir porque já sabia aquilo tudo... Voltando aos livros. Sempre gostei muito de ler e, quando ia a casa de outras miúdas para brincar, elas escondiam os livros porque eu me agarrava ao primeiro que apanhava e não ia brincar enquanto não acabasse. Lembro-me de que, quando fiz sete anos, a minha Mãe me ofereceu dois livros da Condessa de Ségur: o Evangelho de uma Avó e Férias. Depois, pouco a pouco, foi formando a minha pequena biblioteca e tive todos os livros da Condessa. Os meus Pais sempre gostaram de ler e incutiram esse hábito aos filhos. Tinha eu dez anos quando o meu Pai me disse: - Não mexes nestas duas prateleiras mas podes ler tudo o que está nas outras." Foi assim que li As Pupilas do Senhor Reitor, um livro enorme, encadernado, com gravuras do Bordalo Pinheiro. Depois, foi a vez de Os Fidalgos da Casa Mourisca e dos outros livros de Júlio Dinis. Mas eu, que fui sempre aventureira, gostava de ler Júlio Verne e Emílio Salgari... E as aventuras do Capitão Morgan, que eram vendidas em fascículos, faziam com que eu desejasse ser pirata para cruzar os mares como ele! Os livros andam sempre atrás de mim. Quando estive refugiada na África do Sul, deixando toda a minha biblioteca em Angola, fiz-me sócia de uma biblioteca de bairro e ia lá buscar os livros que mais me interessavam. Aqui, em Portugal, já tenho uma biblioteca de mais de três mil títulos. Tenho pena que os miúdos de agora não gostem muito de ler. A televisão e o computador roubam-lhes o tempo todo e não sobre nada para a leitura...

Outono

Gosto do Outono! É uma estação do ano que condiz com o meu estado de espírito. As folhas mudam de côr e vão caindo, fazendo um tapete que range quando as pisamos. Quando andava na Faculdade de Letras (a nova, na Cidade Universitária), adorava ir a pé pelo Campo Grande só pelo prazer de pisar as folhas caídas. As folhas, ainda nas árvores, tinham (têm, porque o espectáculo se repete)tons de oiro, de vermelho e verde velho. E a sinfonia de cores despertava em nós (em mim e na M. Antunes) a vontade de declamar os poetas que nos atraíam mais. Era uma festa!

Visitas

Outros Sonhadores

Pesquisar