Seria maravilhoso ...

Pinguins de Magalhães (tirado da Internet)


Estava tudo tratado. Íamos fazer um cruzeiro de sonho, daqueles que nunca mais se repetem na vida: de Lisboa a Santiago do Chile e transfer para Valparaíso. Embarque num daqueles navios parecidos com o do "Barco do Amor". Descida pela costa do Chile, a ver fiordes, o glaciar Amália, passar o estreito de Magalhães com muito maior segurança que o dito Fernão de Magalhães (num tempo em que as caravelas pareciam cascas de noz, o que só torna a sua façanha muito mais valiosa), ver pinguins (pinguins, sim, não os grandes da Antárctica, mas outros mais pequenos, que não deixam de ser pinguins), Cabo Horn, Ilhas Malvinas ou Falklands, dois dias em Buenos Aires, um dia em Montevidéu e desembarque no Rio de Janeiro, de onde regressaríamos de avião. O orçamento estava feito, tudo pronto, só faltava o nosso OK.
Mas o parceiro, que me tinha pedido para arranjar uma viagem ao hemisfério sul, depois de ler e reler o itinerário, resolvia que não queria ir, pois não estava disposto a passar quinze dias metido num barco... Que frustração! Há que respeitar a vontade do marido, que já não se sente motivado, como eu, para ver fiordes e pinguins. Mas eu ainda lá hei-de ir! Ali e ao Alasca. Ir ao Alasca é o grande sonho da minha vida... Hei-de ir, hei-de mesmo!

A Vida é uma caminhada para o pôr do sol


Diz-se que Édipo soube responder correctamente ao enigma que a esfinge lhe propôs. É claro que a terceira idade corresponde (nem sempre) ao andar com três pés. Gosto mais da imagem da caminhada para o pôr do sol, não só porque esta parte do dia é sempre linda mas porque é mais romântica. Lembro-me de ser ainda adolescente, sem grandes preocupações metafísicas, sentada, mais o cão, no alto do morro onde vivia, e ficarmos os dois a observar o mar na nossa frente e o sol a afundar-se devagarinho, com aquelas cores maravilhosas com que tingia o céu, até ficar tudo escuro e, com um suspiro, ficar com a certeza de que "Amanhã há mais!".
Caminhar para o pôr do sol é uma viagem que pode ser mais ou menos longa, mais ou menos acidentada, mas, para mim, é sempre um passo dado devagar, devagarinho, mas um passo que me há-de levar até ao amanhã eterno e sem fim...

E vão mil!

Nunca imaginei, desde que criei o blogue, que iria ter tantos visitantes. Já passa de mil, intervenientes ou não, mas o certo é que há muita gente a ler o meu blogue. Fico muito contente e agradeço a todos/as do fundo do meu coração. Um abraço do tamanho do mundo!

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