Quem somos nós?

Otelo faz umas perguntas interessantes no último comentário e disserta filosoficamente sobre o que andamos a fazer neste mundo.
Lembrei-me de um quadro de Gauguin com estas perguntas "De onde vimos? O que somos? Para onde vamos?"
Penso que estamos no mundo com um objectivo, só que, às vezes, demoramos muito tempo a descobrir qual é. Penso que não estamos aqui, neste lugar, só por estar. Também acho que não tenho a veleidade de pensar que posso endireitar o mundo. É muito difícil aceitar os maus momentos e ver que os bons momentos passam a correr, quase sem darmos por isso...
Mas prefiro pensar com Carl Sagan que "somos a encarnação local de um Cosmos que toma consciência de si próprio. Começámos a contemplar as nossas origens: pó de estrelas meditando sobre estrelas; ajuntamentos organizados de dez mil biliões de biliões de átomos analisando a evolução do átomo; descobrindo a longa caminhada que, pelo menos para nós, levou ao aparecimento da cosnciência. Devemos a nossa lealdade à espécies e ao nosso planeta. Somos nós que nos responsabilizamos pela Terra. Devemos a nossa obrigação de sobreviver não só a nós próprios, mas ao Cosmos, vasto e antigo, de onde despontámos." (Carl Sagan - Cosmos)
E, como sou pó de estrelas, a minha ambição é voltar para as estrelas, deixando na terra qualquer coisa de útil, mesmo que pequenina, para as gerações vindouras. E, se fizer tudo com amor, penso que o mundo será melhor para os que vierem atrás de mim.

3 comentários:

fugidia 10 de agosto de 2007 às 23:30  

Minha querida, neste momento vou de férias e até me arrepia pensar no que estou "cá" a fazer...
O que me interessa é mesmo só gozar um merecido descanso.
Mais tarde poderei filosofar, agora não!
Beijos enormes e boa férias!
:-)

fugidia 4 de setembro de 2007 às 13:28  

Vim e vou de novo de férias...
e o blogue, não se escreve?! :-D

Beijos.

Otelo 11 de setembro de 2007 às 09:55  

A perspectiva do «póde estrelas» é interessante. Contudo, não apazigua as interrogações. E depois do regresso às estrelas? Será, sempre e enfim, o fim, mas o fim de quê?
Retonro a Fernando Pessoa, é melhor não pensar na vida...

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